Tudo Acontece em Elizabethtown é um filme daqueles que ou você se apaixona ou definitivamente não gosta. Não tem meio-termo. Mas a maioria dos espectadores acaba se identificando porque em algum momento de sua trajetória passou por isso. Está passando ou vai passar.
Medos, fraquezas e o acaso
O filme conta uma história que pode ser libertadora porque fala de medos e fraquezas, pontos fracos e pontos fortes, de coisas que dão errado para outras darem certo, enfim, superação. E pode fazer a gente perceber claramente que devemos escolher como viver, com quem e de que modo. Antes que alguém escolha por nós.
No centro do enredo, está Drew Baylor, interpretado por Orlando Bloom. Ele é demitido pelo magnata Phil DeVoss, papel do ator veterano Alec Baldwin, depois de causar um prejuízo de US$ 972 milhões para a Mercury, a maior empresa de esportes dos Estados Unidos.
Tudo porque idealizou um tênis que foi um verdadeiro fiasco no mercado. Paralelamente, sua namorada Ellen Kishmore, a personagem de Jessica Biel, termina o namoro com ele. Diante de tal situação, Drew arrasado decide cometer suicídio.
Quando estava pronto para o ato extremo, toca o seu celular trazendo a notícia de que seu pai, Mitchell (Tom Devitt), morrera de infarto em Elizabethtown, Kentucky, cidade-natal de Drew. Sua irmã, Heather (Judy Greer) é quem conta tudo, pedindo o apoio dele para ela e para a mãe de ambos, Hollie, vivida por Susan Sarandon.
Com isso, ele parte para Elizabethtown objetivando organizar o funeral do pai. No vôo, conhece Claire Colburn (Kirsten Dunst). Ela trabalha como aeromoça e lhe dá alguma esperança para o futuro.
Já o moradores de Elizabethtown crêem que Drew é um vencedor. Até que uma publicação mostra que Drew cometeu um dos maiores fiascos comerciais do país e altera este cenário.
Tudo Acontece em Elizabethtown: diretor, elenco e trilha sonora
A direção é de Cameron Crowe, o mesmo diretor dos filmes Quase Famosos e Jerry Maguire – A Grande Virada. A química entre a dupla Orlando Bloom e Kirsten Dunst funciona perfeitamente. Susan Sarandon dá um show de interpretação. E a trilha sonora também é digna de atenção especial.
O filme Tudo Acontece em Elizabethtown é uma produção de 2005 e está associado ao gênero comédia dramática. Mas, para alguns, trata-se de uma romance. Isso, afinal, pouco importa, já que a história gira em torno de questões bem atuais.
É sempre bom ver filmes que falam de temas pessoais e ligados ao amadurecimento das pessoas. Em Tudo Acontece em Elizabethtown, você vê como os relacionamentos interpessoais podem ser vistos de forma sensível e, ao mesmo tempo, divertida. E também percebe o poder do agora.
Por que assistir?
Se pudéssemos escolher, com certeza só optaríamos por viver coisas boas e que nos trazem felicidade. Mas, infelizmente, a vida não é bem assim. Todos temos momentos bons e alegres intercalados por períodos difíceis. Podemos dizer que viver é conviver com uma montanha-russa de emoções.
Os livros, filmes e a arte em geral nos divertem e trazem entretenimento. E na mesma medida, nos trazem temas para pensar. E quem sabe, nos inspirar e nos fazer aprender como enfrentar as adversidades. A partir da compreensão de nossos valores, conceitos e comportamentos e, também, dos outros com quem convivemos no dia a dia.
Os filmes nos ajudam na jornada de administrar nossos sentimentos e lidar com os conflitos e as dores causadas, por exemplo, pela morte de alguém que amamos. Ou pelo fim de um relacionamento, uma doença na família, a perda de um emprego ou o final de uma longa amizade.
Tudo Acontece em Elizabethtown é um filme que, claro, não vai resolver seus problemas. Mas promove mais de uma hora de distração e de mudança de foco. Se você está passando por momentos difíceis, converse com pessoas que você gosta e busque ajuda profissional se for o caso.
Confira sempre, também, nossa lista de dicas de filmes e livros para refletir sobre o luto.