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Ansiedade: O mal do século

Se não tratada e controlada corretamente, a ansiedade – que vem sendo considerada como o mal do século -, acaba sendo um grande problema que interfere diretamente na saúde e bem-estar do paciente.

A ansiedade caracteriza-se pela sensação presente em todo ser humano, sendo a responsável pela sobrevivência de nossa espécie em momentos de perigo, seja ele real ou imaginário.

O que a distingue a sensação de medo e a doença é a intensidade que a ansiedade atinge. Hoje em dia, em nossa sociedade, ela pode alcançar níveis muito acima do normal. E quando alcança um grau excessivo se torna um grande malefício à saúde e que precisa ser tratado por médicos especializados.

Medo extremo

Pessoas que sofrem do distúrbio de ansiedade têm um medo extremo em determinadas situações que, para os indivíduos saudáveis, seriam normais. Este medo atrapalha e, muitas vezes, impede as atividades cotidianas que não conseguem ser controladas como se fazia até então.

Mesmo que não haja motivo suficiente para preocupação, quem sofre de ansiedade vive preocupado, com um medo tão forte que chega a paralisar a pessoa e impedir que saia dessa situação sozinho.

A ansiedade acaba interferindo na percepção do ambiente e da vida em geral. Esse processo todo afeta a resistência física, a autoestima e o controle emocional. Isso deixa o paciente propenso a doenças mais graves como depressão e distúrbios cardiovasculares.

Em um grau mais alto, a ansiedade se configura em Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Como diagnosticar a ansiedade?

Dificilmente os pacientes procuram um tratamento com um profissional de saúde mental, o psiquiatra, quando os sintomas aparecem. Geralmente as pessoas procuram um clínico geral e se queixam de sintomas físicos muito vagos, que podem ser comuns nos quadros de depressão ou de outros transtornos, como síndrome do pânico ou fobia social.

Alguns critérios são necessários para um diagnóstico acertado. Entre eles, a presença de no mínimo três sintomas, durante um determinado período. Vamos ver alguns destes sintomas?

Sinais de ansiedade

  • Dificuldade de concentração;
  • Fadiga e irritabilidade;
  • Perturbação do sono;
  • Inquietação ou sensação de nervosismo perene: “nervos à flor da pele”.

E os mais problemáticos, que afetam o físico:

  • Aumento da pressão arterial;
  • Sudorese excessiva;
  • Palpitações;
  • Falta de ar;
  • Taquicardia;
  • Dor de cabeça;
  • Tensão muscular;
  • Desarranjos intestinais;
  • Náuseas (enjoos);
  • Aperto no peito (angústia);
  • Dores musculares.

O médico avalia se os sinais apresentados causam sofrimento ou incapacidade em atividades sociais e ocupacionais. São recomendados exames físicos e neurológicos, levando em consideração o histórico médico do paciente.

Relação entre medo e ansiedade

A ansiedade é muito parecida com preocupação. Porém, em um grau mais elevado, como já dissemos. E a preocupação é um aspecto do medo, um tipo de temor de que as coisas não aconteçam conforme se prevê.

Mas se isso chega ao ponto de nos prejudicar fisicamente e se o tempo que se manifesta é mais longo do que o normal, pode estar havendo a chamada ansiedade crônica. Que em caso de agravamento, se torna depressão.

Tratamento para a ansiedade

Quando a ansiedade é diagnosticada, é hora de começar o tratamento. Com psicoterapia e medicações adequadas, é possível controlar a doença. O acompanhamento de um médico psiquiatra e/ou psicólogo é essencial para recuperação do bem-estar físico e mental.

Estudos recentes indicam que a terapia cognitiva comportamental é a forma mais segura e eficaz para o tratamento desse transtorno. O processo tem apresentado resultados positivos.

É fundamental a predisposição do paciente em relação à disponibilidade de tempo e boa vontade em seguir com o tratamento que pode levar um bom tempo.

Dependendo da intensidade do caso e dos sintomas apresentados, o tratamento poderá estar associado ao uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos. Mas fique atento: estes remédios devem ser ministrados pelo médico e acompanhados criteriosamente por conta dos seus possíveis efeitos colaterais.

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