Quando alguém morre, desencadeia-se uma dor e uma tristeza profunda. O processo de luto deve ser vivenciado para a superação da perda. Neste contexto, o significado da morte varia, dependendo das crenças sobre o luto em cada religião.
Mas uma certeza é comum a todas as religiões: Se apegar na fé é um santo remédio para superar o luto e ficar em paz, independentemente do significado da morte. Já que há os que acreditam que a morte é o fim de uma existência, enquanto outros defendem que se trata apenas de mais uma etapa.
No âmbito funerário, as crenças religiosas são interpretadas para que haja total respeito aos rituais do velório defendidos por cada religião, de forma humanitária.
Significado da morte e o processo de luto em cada religião
O Espiritismo e a reencarnação
No Espiritismo, seus adeptos creem que a morte não é um adeus definitivo. Acredita-se que o espírito do falecido é capaz de reencarnar muitas outras vezes. Deste modo, os reencontros sempre vão ocorrer, devido à emancipação da alma ou até durante o sono por meio dos sonhos. Nem sempre os reencontros são percebidos pelas pessoas.
Catolicismo acredita na ressurreição
No Catolicismo, a crença é que a pessoa, após seu falecimento, vai para uma outra dimensão espiritual melhor do que aquela que esteve em vida. Acredita-se que o ente que partiu fica bem, em paz e continua a amar seus familiares e a protegê-los. A ressurreição é o caminho para que todos voltem a se encontrar em outra dimensão.
Protestantismo aguarda o céu ou o inferno
A doutrina protestante é também cristã e seus fiéis acreditam que há uma vida após a morte. Todos deverão prestar contas do que fizeram durante a vida na terra. Para os protestantes, existem céu e inferno. O que os reconforta é a esperança de uma próxima vida ao lado de Cristo e de todos que estiveram próximos.
Islamismo: Entre o bem e o mal
No Islamismo, a morte é apenas uma passagem para a vida eterna e acredita-se que depois da morte, o corpo perde o significado. No Juízo Final, todos serão julgados pelo que fizeram nesta vida. Quem fez o bem vai para o céu e quem fez o mal vai para o inferno. A morte é, portanto, a transição entre dois mundos porque o Islamismo acredita na ressurreição física e espiritual.
Budismo, sem choro e dor
Já no Budismo, a pessoa deve treinar sua mente enquanto vivo para poder ter uma passagem serena na morte. Os budistas também acreditam em reencarnação. Por isso, durante o luto recomenda-se evitar choro e sofrimento. Afinal, a positividade e o equilíbrio fazem bem para a alma da pessoa que partiu e ajudam a alcançar a paz.
Na Umbanda, tudo depende da vibração emocional em vida
Na Umbanda, não há céu e inferno. A morte do corpo físico não é o fim e a esfera espiritual depende da vibração emocional acumulada pelo corpo físico. Nas regiões umbralinas, o espírito é recolhido para purgar seus crimes. Quando arrependido, é enviado a outras regiões para evoluir e, depois, reencarnam para resgatar faltas. Para os umbandistas, a reencarnação e as sucessivas vidas permitem o aprimoramento da criação divina.
Mórmons, Santos dos Últimos Dias: Luto com esperança
Para os mórmons, a morte não é o fim, mas um passo em direção ao plano celestial. Por terem certeza de que os espíritos de familiares vão se encontrar e ficarão juntos para sempre, o luto é encarado com serenidade. Ao morrer, o espírito segue em aprendizado. Os ensinamentos de Deus promovem a evolução e o encontro com entes queridos.
No Judaísmo, o luto em uma reunião de familiares e amigos
Aqui, a morte não é o fim da vida. Os judeus entendem que só o corpo morre, mas fica a alma que é eterna. No Judaísmo, a alma pode voltar à terra em outro corpo e isso ocorre quando a pessoa ainda não concluiu sua missão nesta vida. O luto é enfrentado logo após o falecimento com um encontro de todos na casa do familiar mais próximo, em um ritual cheio de tradições e conversas sobre a pessoa que morreu.
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