Em algum momento, a morte de algum familiar terá que ser enfrentada. Quanto mais planejamento houver para essa hora, mais fácil será para os familiares vivenciar esse momento triste, mas inevitável.
Uma das opções que pode facilitar muito as ações a serem tomadas na hora das cerimônias de despedida é a cremação.
A única certeza de todo ser vivo é que nascemos, vivemos e… morremos. Mas a terceira etapa, em nossa sociedade, é sempre a mais difícil de aceitar. Tudo que envolve a morte se torna assunto muito delicado.
Ninguém se acha devidamente preparado. Mas é fato que esta hora vai chegar e devemos estar preparados para ela.
O que é a cremação?
A cremação é uma técnica que consiste em reduzir o corpo em cinzas, colocando-o em fornos especialmente feitos para esse fim e incinerando-o a uma temperatura de mais de 1000 graus.
Só restam então algumas partículas inorgânicas, como os minerais que compõem os ossos.
Esses resíduos de partículas, após o esfriamento, se tornam as cinzas dos restos mortais de alguém falecido. Geralmente, pesam entre um a dois quilos considerando-se uma pessoa de estatura média.
A esta alta temperatura, nada resiste, a não ser alguns metais, o que não é o caso. Por mais que possa parecer, essa técnica não é nada moderna, já que é praticada há mais de três mil anos por alguns povos que consideravam o fogo como elemento purificador.
Portanto, liberava os supostos defeitos e pecados do falecido e também o espírito para a vida eterna.
No Brasil, a cremação é permitida e regulamentada pela Constituição Brasileira, bastando que o requerente que queira ser cremado deixe sua intenção devidamente assinada e registrada, juntamente com testemunhas.
Este documento deve ser reconhecido em cartório cível. Caso o falecido não tenha feito isso em vida, um parente de primeiro grau pode autorizar após o falecimento.
Substituição ao sepultamento
Por mais que tenha crescido nos últimos anos, em substituição ao sepultamento, a cremação ainda gera algumas dúvidas que aos poucos vão sendo esclarecidas. Talvez a mais comum seja o que é feito com as cinzas após a cerimônia. Mas isso é fácil de se explicar.
Pode-se levar para casa e homenagear o falecido, jogando-a em algum jardim, no mar ou mandando fazer um diamante. Ou, ainda, pintando um quadro a óleo.
Atualmente pode até mandar para órbita da Terra. Mas o mais comum é deixá-la no próprio cemitério, onde existem lugares especiais próprios para colocar as cinzas. São os chamados Columbários.
Vantagens da cremação
São muitas e variadas as vantagens de se escolher a cremação. Começando pelo preço que, em geral, é cerca da metade gasta em um sepultamento normal. Não há túmulos ou gavetas no cemitério que geram cuidados e despesas. Igualmente se elimina a taxa de manutenção já que as cinzas vão ser guardadas de outra forma.
É também um processo muito moderno. Tecnologias avançadas são aplicadas nos incineradores, impedindo que sujeiras ou odores escapem.
A higiene também é uma vantagem importante, pois o corpo sendo incinerado, evita-se possíveis infecções. Principalmente se o falecimento foi causado por alguma doença infecciosa.
A economia de espaço também é muito importante. Porque nos grandes centros, é cada vez maior a escassez de terrenos disponíveis para cemitérios.
Mas, o mais importante do processo de cremação, talvez seja o aspecto ecológico. Já que não são liberados poluentes ambientais. A cremação libera somente água e gás carbônico, porque os resíduos tóxicos são retidos nos filtros de ar especialmente feitos para esse fim.
Além disso, a cremação evita a formação de necrochorume (líquido gerado pela decomposição do corpo). Caso as urnas não estejam protegidas com um produto específico e eficaz para proteger o meio ambiente, em contato com o solo, esse líquido pode atingir o lençol freático contaminando terrenos, pessoas e animais.
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