No Ocidente, a morte e tudo que se relaciona a ela sempre foi um tabu. Pouco se fala neste assunto. Mas, conforme os rituais fúnebres começaram a ser mais divulgados e discutidos, a história da cremação, como processo viável e não mais caro que o sepultamento tradicional, passou a ser alvo de maior interesse.
Ao contrário do que muita gente imagina, a cremação é um processo muito antigo e vem sendo praticado há milênios pelos homens. O costume de incinerar os corpos de pessoas falecidas já foi tido como algo bastante comum, corriqueiro até.
Afinal, trata-se de uma medida além de prática, também higiênica. Já se sabe que os gregos cremavam os cadáveres da população por volta do ano 1000 A.C. O processo se tornou comum também entre os romanos um pouco mais tarde: no ano 750 A.C.
Destino nobre e controle sanitário
Nos rituais fúnebres destas civilizações antigas, a cremação era considerada um destino nobre aos mortos. Ao contrário, o sepultamento em túmulos era utilizado para os criminosos, assassinos e suicidas.
No ano 552 D.C, o Japão adotou a cremação com o advento do Budismo, sendo que a prática passou a ser aceita primeiramente pela aristocracia. Somente depois de muito tempo é que o povo, movido pela falta de espaço para os sepultamentos, entendeu que o processo era o mais indicado.
Desta forma, se racionalizou o uso da terra para fins mais corretos como a produção de alimentos, por exemplo. Com o passar do tempo, mais e mais populações passaram a considerar normal cremar os mortos.
Um dado peculiar na história da cremação é que somente por volta de 1867, portanto já no século 2019, foi promulgada uma lei sobre a obrigatoriedade de incinerar as vítimas de doenças contagiosas. Com isso, praticamente mais religiões e culturas ao redor do mundo adotaram o eficaz controle sanitário.
Religiões passam a aceitar
Como na Europa, no Brasil a cremação foi ficando cada vez mais comum. Isso correu na medida em que a possibilidade de uma sepultura familiar coletiva foi ficando mais longe das possibilidades financeiras da maioria.
Hoje as famílias são menores e seus membros têm muito mais mobilidade do que no passado. As pessoas se dispersam mais facilmente, indo inclusive para outros países. E para garantir que os corpos possam ser enterrados onde as pessoas moram, a cremação aos poucos substitui o antigo hábito de sepultamento.
Há ainda o lado religioso da população. Novas crenças vêm surgindo e o processo de incineração dos corpos, mais aceito pelas diversas religiões. Atualmente, a cultura ocidental passou a entender que o corpo se decompõe. E a admitir que o espírito ou a alma são eternos.
A história da cremação no Brasil
O crescimento das cidades inviabiliza a implementação de mais cemitérios como os conhecemos até então. Comprar uma sepultura nem sempre é fácil. É caro. Como dissemos no início, a cremação é uma alternativa que acaba compensando financeiramente.
Para dar conta desta demanda, mais crematórios surgem no País. Antes eles existiam apenas nos grandes centros. Hoje, já são realidade em diversas partes do Brasil, inclusive distantes das capitais dos Estados. Santa Catarina é um bom exemplo disso.
Em Videira, por exemplo, cidade que fica a mais de 400 Km de distância de Florianópolis, um novo crematório foi inaugurado oficialmente neste ano. Após os trâmites burocráticos para atender a legislação vigente, o crematório do Grupo São Judas Tadeu agora opera com sua moderna tecnologia e atendimento qualificado.
Anteriormente, nesta mesma região, havia os crematórios em Caçador e Curitibanos. E este em Videira vem em um momento importante quanto à carência de espaços físicos para os cemitérios.
O aspecto ambiental tem forte papel no crescimento da cremação no Brasil. Os dados geológicos do meio-oeste catarinense comprovam isso. Eles restringem a construção de cemitérios devido à presença de muita água no solo. Esta condição torna a terra pouco adequada para este uso.
Leia agora sobre como optar pela cremação!