Você sabia que a doação de órgãos depois da perda de um familiar próximo faz bem a quem recebe a doação e também para quem doa? Assim tem sido entre os que optam por este gesto de amor que salva vidas.
Aproveitando a proximidade de mais um 27 de setembro, dia em que se comemora nacionalmente a doação de órgãos e tecidos, preparamos este artigo pra você.
Nosso objetivo é ajudar as mais de 35 mil pessoas que somente no Brasil estão há anos nas filas de espera, aguardando um transplante. E também mostrar como uma decisão importante contribui para a aceitação da perda de alguém que amamos e superação da dor que acompanha as várias fases do luto.
Como a dor da perda é aliviada por meio da doação de órgãos?
Não é fácil decidir sobre a doação ou não de órgãos e tecidos do ente querido que partiu. Em meio à tristeza e choque pela notícia, fica difícil avaliar e resolver sobre este assunto dentro do tempo hábil necessário para que sejam efetuados todos os procedimentos técnicos.
Por isso, é bom saber antes que alguns medicamentos são capazes de manter o corpo vivo até que a família possa se decidir com serenidade. Porém, conforme o tempo passa, os órgãos vão se deteriorando já que não há mais funcionamento cerebral.
É depois do sim da família que se renova a esperança de quem precisa de transplante para sobreviver. A partir desta autorização, está comprovado que o intenso e doloroso sofrimento pela dor da morte começa a ser minimizado.
O sentimento de vazio, bastante comum quando alguém muito querido parte, é gradativamente substituído pelo bem-estar causado pelo ato de solidariedade. Se estabelece, aos poucos, uma sensação, não mais de solidão, mas de que a vida da pessoa amada vai continuar de alguma forma no viver do receptor.
Claro que a aceitação não será de um dia pro outro. Mas as saudades, os laços de amor construídos e o carinho da relação que houve antes do óbito esquentam o coração. É um processo no qual a angústia e o desamparo vão aliviando. E as dificuldades do período de luto são enfrentadas de forma mais fácil e até mesmo abreviadas.
Decisão sobre a doação de órgãos deve ser cercada de respeito à dor dos familiares
Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o consentimento familiar após o diagnóstico de morte encefálica é primordial. Sem este consentimento, que deve ser consultado e orientado durante uma entrevista clara e objetiva, a doação não ocorre. Porém, tudo é feito com muito respeito e empatia
A conversa geralmente é realizada pelo próprio médico, assistente social, psicólogo do hospital ou membros da equipe de captação dos órgãos. Eles prestam todas as informações sobre a morte da pessoa e explicam que os seus órgãos e tecidos podem ser doados para transplante.
O tema é abordado em ambiente calmo e de forma muito transparente. Para que as pessoas envolvidas possam se sentir bem à vontade para fazer perguntas, avaliar a possibilidade e tomar a decisão que preferirem.
Entenda melhor o que precede a doação de órgãos
A doação de órgão só pode ocorrer depois de determinada a morte encefálica do paciente. Esta pode ter várias causas. Mas na maioria das vezes, ocorre devido a:
- Traumatismo crânio-encefálico;
- Acidente vascular encefálico, tanto hemorrágico, quanto isquêmico;
- Encefalopatia anóxica;
- Tumor cerebral primário.
Muitos órgãos e tecidos podem ser doados, entre eles:
- Córneas;
- Coração;
- Pulmões;
- Fígado;
- Rins;
- Pâncreas;
- Ossos.
Cada um deles tem um determinado tempo máximo para retirada. Caso a família do falecido e potencial doador tome a decisão de doar os órgãos para pacientes que estão precisando, serão feitos alguns exames neurológicos. Eles vão avaliar a integridade do tronco cerebral
Vale lembrar que essas avaliações são feitas por dois médicos que não estão participando das equipes de captação e transplante. São elas que vão demonstrar ausência de perfusão sanguínea cerebral, de atividade elétrica cerebral e da atividade metabólica cerebral.
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