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O luto por um desaparecido

O desaparecimento de um familiar ou amigo é um fenômeno bem mais complexo e doloroso do que a própria morte. Afinal, quando há pessoas desaparecidas, sempre existe a esperança de que voltem a qualquer momento. O luto pelo desaparecido é adiado todos os dias. E a espera e todo o processo de busca envolve uma série de sentimentos, como:

  • Desespero: a situação parece sem saída e a família não sabe o que fazer;
  • Medo: os familiares pensam o que pode ter acontecido. Nesse momento, a imaginação não ajuda em nada;
  • Tristeza: a sensação é de perda, porque o ente querido não está mais por perto. Isso traz pensamentos e emoções tristes e até desesperadoras;
  • Raiva: é intensa e é geralmente dirigida às pessoas desaparecidas, à sociedade, às autoridades e ao mundo em geral;
  • Incerteza: o sentimento de esperança e desesperança oscila constantemente para a possível chegada ou não do desaparecido;
  • Culpa: é natural que os familiares queiram voltar atrás no tempo e reescrever a história vivida de outro jeito. Ficam se perguntando o que poderia ter sido feito diferente para evitar o ocorrido;
  • Ansiedade: a família vive um alerta constante, sempre à espera de novas notícias sobre o desaparecido. E não pode vivenciar o luto ou comemorar boas novas. Sofre-se com a saudade;
  • Depressão: a tristeza toma conta de toda a família. Fica-se sem energia, vontade de comer, de se cuidar ou realizar suas atividades de rotina. Pensamentos negativos tomam conta da mente.

Se existe um desaparecido, o luto é marcado pela dúvida

Todas estas situações citadas são reações naturais em caso de pessoas desaparecidas. Compreender esses sentimentos pode ajudar a enfrentar tudo da melhor forma possível. Realmente, trata-se de um período de luto marcado pela dúvida e segue sem interrupção enquanto as respostas permanecem incertas.

Todos os dias renova-se a esperança de que o desaparecido volte. Afinal, o desaparecimento não configura morte de imediato. E deixa a suspeita de que a pessoa possa, de fato, ter morrido ou ainda estar em alguma condição de sofrimento.

Ao não saber se o desaparecido está morto, a família é impedida de viver o processo de luto, que se inicia formalmente quando há o falecimento de familiares ou amigos próximos

Pessoas desaparecidas no Brasil

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2021, o número de pessoas desaparecidas no Brasil, foi de 62.587. São em média 172 desaparecidos por dia. Sem dúvida, um número assustador.

A boa notícia é que em São Paulo, Estado em que há maior registro de casos, por exemplo, a taxa foi reduzida em 15% se comparada a 2020. No entanto, 18.342 desaparecidos ainda é um dado devastador, pois são mais de 18 mil famílias vivenciando uma dor contínua a cada ano.

É importante esclarecer que, formalmente, o desaparecimento ocorre quando familiares das pessoas desaparecidas não têm mais notícias sobre seu paradeiro. Mas o que a família precisa fazer ao constatar o desaparecimento de um ente querido?

O que fazer em casos assim?

  1. O primeiro passo é procurar o departamento de polícia mais próximo da casa do desaparecido. Assim que perceber uma mudança de rotina ou após tentativas de conseguir contato e perguntar a parentes, amigos, namorados e vizinhos, os familiares devem procurar a polícia para formalizar o desaparecimento. Até pouco tempo atrás, havia uma regra de que era preciso esperar 24 horas ou até 48 horas para comunicar à Polícia sobre pessoas desaparecidas. Não é necessário. Isso deve ser comunicado imediatamente;
  2. Na Polícia, a família deve fornecer a maior quantidade de informação possível sobre o desaparecido. Imprescindível levar uma foto da pessoa desaparecida;
  3. Importante lembrar que o primeiro lugar onde se deve procurar pessoas desaparecidas é próximo ao local em que supostamente sumiram. Pergunte a todos aqueles que se encontram pelas imediações e aqueles que estão passando pela região;
  4. Rastrear os últimos passos do desaparecido. Buscar informações na rede social, com amigos, no celular, na escola e no trabalho;
  5. Se a família possui parentes em outras localidades. Vale a pena entrar em contato, pois há casos de pessoas desaparecidas que procurem abrigo em casas de amigos ou parentes de outras cidades;
  6. Converse com as últimas pessoas que tiveram contato com o desaparecido para obter uma possível indicação do motivo. Ou destino de quem sumiu para o caso de um desaparecimento voluntário;
  7. Espalhar cartazes com fotos em locais movimentados da cidade e/ou nas redes sociais. Aqui vale frisar que é de extrema importância a família avisar que a pessoa foi encontrada à polícia e aos outros locais em que se pediu ajuda.

O luto por pessoas desaparecidas

O luto por pessoas desaparecidas é acompanhado, sempre, de um imenso vazio. E esse vazio faz com que os pais, no caso da desaparecida ser uma criança, repensar seus objetivos e o significado da vida.

O fato é que após uma perda dessa magnitude, o que acontece quando essa dor é muito forte e vai e volta? A dor de não saber o que aconteceu com uma pessoa desaparecida tem um enorme impacto sobre a família como um todo.

A ausência causa uma dor imensa. E, muitas vezes, mesmo com o passar do tempo, não há como aceitar o desaparecimento, viver o luto e seguir em frente.

A questão é que quando a pessoa de luto tem os restos mortais do ente querido, muitas vezes ela começa a aceitar a sua morte. No entanto, quando se trata de uma pessoa desaparecida, o processo do luto não tem isso, fica apenas a incerteza. A família pode se sentir culpada se escolher assumir uma morte, a qual não foi confirmada.

Adicionalmente, pode-se até sentir como se estivesse matando a pessoa amada ao aceitar o processo de luto.

O luto por uma pessoa desaparecida consiste em aceitar a perda, ao mesmo tempo em que não se renega as memórias e experiências. A resiliência é uma das armas de enfrentamento que ainda podem dar sentido à vida e à dor. Sendo normal os familiares da pessoa desaparecida insistirem em pensar nela como se estivesse viva.

Legislação garante direitos judicialmente

Como em todos os tipos de luto, pode ser necessário que o enlutado recorra à ajuda de um profissional de saúde, que acompanha esses casos deve estar atento às particularidades da situação.

Os profissionais podem criar um espaço onde os diferentes cenários possam ser avaliados, com a volta ou sem a volta do ausente e quais as implicações disso. Deve, ainda, acolher os medos e anseios diante da ausência, a raiva pela indefinição, a culpa por achar que poderiam ter feito algo para impedir. Se possível, reunir a família, para ajudá-la.

Se por um lado os familiares vivem essa dor e essa procura pelo desaparecido, para o resto de suas vidas, por outro, há uma legislação que garante judicialmente seus direitos. À herança, pensões, seguro de vida, indenizações e outros procedimentos legais. Como, por exemplo, encerramento de conta bancária e cancelamento do CPF do desaparecido.

A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações. Devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

Contatos importantes

Ao configurar o desaparecimento de um familiar ou um amigo, ligue para o telefone de emergência 190 e registre um boletim de ocorrência pela internet. Importante acessar o site da ONG Desaparecidos do Brasil e cadastrar os dados do desaparecido.

Acesse o Grupo São Judas Tadeu e conheça o trabalho realizado de forma acolhedora e respeitosa  e tenha acesso a todos os serviços oferecidos.

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