A depressão leva a pessoa a um quadro de infelicidade, apatia e perda da vitalidade. Além de somar esses e outros sinais, a doença quando não tratada pode comprometer o sistema imunológico, aumentando o risco de processos inflamatórios.
Entre outros sintomas, veja alguns que indicam fortemente um estado de depressão.
- Cansaço extremo;
- Fraqueza;
- Irritabilidade;
- Angústia;
- Ansiedade;
- Autoestima baixa;
- Insônia;
- Excesso de sono;
- Total falta de interesse;
- Perda de apetite;
- Pensamentos pessimistas recorrentes;
- Dificuldade de concentração.
Em casos mais severos, a depressão pode levar o indivíduo ao suicídio, pondo fim à condição de desespero em que vive. O depressivo não consegue ver solução para tudo que está sentindo.
Ele sente-se impotente, sem capacidade ou com desempenho baixo para executar as tarefas do dia a dia. Seja o trabalho, os estudos e a vida social em geral. Por isso, é comum que o paciente queira se isolar, o que piora ainda mais sua condição.
Mas, afinal, quais são as causas da depressão?
De acordo com os estudos realizados, as causas da depressão podem estar relacionadas à genética (casos na família), à bioquímica cerebral ou a outros eventos. A causa genética se dá em pessoas quando a família possui histórico de casos. Isto é, o indivíduo pode ter 40% de chance de também desenvolver doença.
Quando a causa é a bioquímica cerebral, ocorre uma deficiência de substâncias chamadas neurotransmissores, como noradrenalina, serotonina e dopamina. Elas são responsáveis por regular nossa atividade motora, do apetite, do sono e do humor.
E, por fim, a terceira causa da depressão está relacionada a eventos estressantes que podem desencadear a doença naqueles que já têm uma predisposição genética para desenvolvê-la. Podem ser inúmeros esses eventos vitais.
Como exemplos temos as perdas diversas (morte, emprego, relacionamentos) e doenças (como o câncer). Conheça os principais fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão:
- Histórico familiar;
- Transtornos psiquiátricos correlatos;
- Estresse crônico;
- Ansiedade crônica;
- Disfunções hormonais;
- Dependência de álcool e drogas ilícitas;
- Traumas psicológicos;
- Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras;
- Conflitos conjugais;
- Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.
Depressão mal-cuidada pode levar a pessoa à tentativa de suicídio
A campanha nacional “Setembro Amarelo” alerta para a prevenção do suicídio, causa da morte de mais de 13 mil pessoas todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo.
Sem distinção de classe ou região, o suicídio é a segunda principal de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
Estudos apontam que cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.
Diante dessa dura realidade, não se pode ficar de braços cruzados. Ser um ombro amigo e porto seguro dessas pessoas que sofrem com a depressão pode ajudar a minimizar os efeitos trágicos como os de suicídio. Alguns cuidados nessa hora são importantes. Veja o que não falar ou fazer para uma pessoa com depressão:
- Não compare o caso dela com o de outra;
- Não peça que veja o lado positivo;
- Não pergunte o que há de errado com a pessoa;
- Não aconselhe para “sair dessa”;
- Não diga que nada pode fazer por ela;
- Não fale que “se sentirá melhor amanhã”;
- Não diga “você tem tudo para ser feliz” ou “todo mundo tem problema” ou “esforce-se”;
- Não diga que é falta de religião.
O que falar ou fazer para uma pessoa com depressão:
- Diga “você não está sozinha. Conte sempre comigo”;
- Demonstre vontade de ajudar, sem esperar que o indivíduo o procure por si próprio;
- Seja paciente e sereno;
- Fale menos e escute mais;
- Tente fazer com que a pessoa reflita sobre a crise pela qual está passando: encoraje-a a pensar no futuro e a planejá-lo. Essa é uma forma de incentivá-la a querer chegar até lá;
- Fale com a pessoa sobre temas que ela goste;
- Fale sobre a possibilidade de buscar um tratamento adequado.
Tratamento para a depressão
O tratamento para depressão deve ser feito à base de medicamentos e psicoterapias. A escolha do antidepressivo é feita somente pelo médico psiquiatra e de acordo com o tipo da depressão desenvolvida pelo paciente.
O tratamento, que vai regular a química cerebral, deve ser acompanhado com rigor pela família do paciente e profissional da saúde. O objetivo aqui é evitar as recaídas ou até mesmo o abandono dos remédios pelo doente.
Normalmente, o tratamento é realizado a longo prazo. Já que os remédios levam um tempo para começar a produzir efeitos. Além disso, tudo vai depender da reação e do perfil de cada paciente.
Se você conhece alguém que esteja passando por uma crise de depressão, não hesite em ajudar. E acesse sempre o blog do Grupo São Judas Tadeu para ler outros artigos interessantes sobre acolher corações feridos.